Imaginário: Brinquedo Diabólico traz terror que só existe na imaginação de seus criadores
Imaginário: Brinquedo Diabólico é a mais nova aposta da Blumhouse, em parceria com a Lionsgate, que chega aos cinemas nesta quinta, dia 14 de março. E ficaria feliz em dizer que é apenas mais um filme de terror mediano no mercado. Mas o que Jeff Wadlow entrega ao seu público é um suco azedo de clichês e estereótipos tão cansativos que é quase impossível não desejar que tudo aquilo acabe o mais rápido possível. Diria até que o maior terror aqui é perceber que assistiu a 1h44min de um enredo pobre. Imaginário: Brinquedo Diabólico Apresenta um Terror Imaginativo Aprisionado na Monotonia Imaginário: Brinquedo Diabólico conta a história de Jessica (DeWanda Wise), uma escritora atormentada por um bloqueio criativo. Por sugestão de seu marido, Max (Tom Payne), decidem buscar inspiração se mudando para a casa de infância de Jessica. No entanto, o que começa como uma tentativa de reavivar a criatividade, rapidamente se transforma em um pesadelo quando a enteada mais nova de Jessica, Alice (Pyper Braun), descobre um urso de pelúcia sinistro chamado Chauncey. À medida que o comportamento de Alice se torna cada vez mais perturbador, Jessica se vê confrontada com a terrível realidade de que Chauncey pode ser mais do que apenas um brinquedo inofensivo. A ideia de um amigo imaginário demoníaco não é ruim e já foi tema de outros longas como O Amigo Oculto, Amizade Maldita e Vem Brincar. Porém, nem só de boas ideias vive o cinema, e, em muitos casos, apenas elas não são suficientes para garantir a qualidade de um longa. E Imaginário: Brinquedo Diabólico é o exemplo perfeito para isso. Um filme que se leva a sério demais e mira na aura de mistério e terror de Sobrenatural, mas acaba atingindo em cheio a pobreza narrativa de Five Nights At Freddy’s. Personagens Esquecíveis: O Vazio de Imaginário: Brinquedo Diabólico É até difícil desenvolver qualquer crítica a respeito da construção de personagens, já que ela é praticamente inexistente. Com personalidades desenvolvidas em duas dimensões, não há profundidade em qualquer um presente em Imaginário: brinquedo Diabólico. Para além disso, todos são frequentemente vítimas dos clichês típicos do gênero, perpetuando a sensação de estupidez e previsibilidade que muitos filmes de terror enfrentam. Desde a velha misteriosa, que existe apenas para fins explicativos, até a criança ultra afetada que se encarrega de ser o alvo fácil da entidade. Isso sem falar no show de horrores relativos às atuações. Todos em Imaginário: Brinquedo Diabólico parecem estar fora do tom. DeWanda Wise entrega uma performance apática e parece estar lendo suas falas sem muita vontade. Já Pyper Braun apresenta a típica atuação teatral de crianças afetadas, cheia de hipérboles. Taegen Burns, que interpreta Taylor, a enteada mais velha de Jessica, é o retrato da típica adolescente insuportável em uma performance tão insípida quanto sua personagem. Já Tom Payne poderia até ser dispensado do projeto, já que sua presença é indiferente à trama. A Estagnação Visual de Imaginário: Brinquedo Diabólico A direção e a fotografia desempenham papéis cruciais na criação da atmosfera e na imersão do espectador em qualquer filme de terror. No entanto, em Imaginário: Brinquedo Diabólico, o diretor Jeff Wadlow parece se acomodar a uma abordagem formulaica, sem buscar inovação ou originalidade em sua direção. Optando por uma abordagem segura, seguindo os tropos comuns do gênero sem acrescentar elementos distintivos que possam elevar a experiência do espectador. A falta de dinamismo na direção contribui para uma sensação de estagnação ao longo da narrativa, tornando difícil para o espectador se envolver totalmente com a história. Da mesma forma, a fotografia do filme não consegue compensar as deficiências na direção. As escolhas de iluminação e composição muitas vezes...
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